Com um público cada vez mais diverso e exigente, é preciso muito conhecimento para saber exatamente o que oferecer, para quem, de qual forma, em qual momento e ainda se destacar da concorrência.

Quando falamos em dados comportamentais, imediatamente ligamos isso às redes sociais e ao Marketing Digital. Ou seja, a fenômenos recentes de comunicação dos últimos quinze anos, mais ou menos. Mas, a verdade é que os dados sempre estiveram presentes na nossa vida e têm sido estratégicos para as tomadas de decisões.

Você já teve uma ideia para um evento que trouxesse uma ou mais coisas diferentes do que tem visto em seu segmento de atuação? Ou então pensou em realizar algo totalmente novo, que nunca foi feito. Como levar a ideia adiante? Como saber se as pessoas abraçariam a sua ideia e esse evento hipotético teria público? Isso mesmo: com a boa e velha pesquisa.   

Já com o Marketing Digital os dados comportamentais são utilizados para que você possa ser ainda mais assertivo mesmo sem fazer as perguntas. Explicamos: ao analisar dados, é possível descobrir o porquê uma pessoa tomou aquela decisão de consumo (seja de um produto ou experiência) e encontrar, por meio dela, grupos de outras pessoas, que tomariam decisões parecidas.

Como são usados os dados comportamentais

Imagine que você almoça sempre no mesmo restaurante. Um local onde o garçom já conhece seus gostos, o cozinheiro a quantidade certa de cada tempero que você prefere e eles ainda sabem quando você e sua família fazem aniversário. Você iria nesse restaurante a vida toda, certo? Agora imagine ser tratado dessa forma em cada um dos restaurantes de uma imensa cadeia de fast food.

Por isso os dados comportamentais são tão importantes. Por meio deles, você consegue informações para acompanhar o cliente nos seus três estágios: o da aquisição, no qual ele está procurando por algo e onde ele pode encontrar, o engajamento, que pode ser alguma promoção ou argumento que fará com que ele se decida pelo que e onde consumir e, finalmente, a retenção, que consiste em oferecer uma boa experiência para que ele volte.

E esses dados realmente podem fazer a diferença para o seu negócio? Esse estudo publicado pela norte-americana Wired https://www.wired.com/2013/08/qq-netflix-algorithm/ e compartilhado pela própria Netflix, no qual é revelado que 75% da audiência do conteúdo da plataforma vem das recomendações feitas pelo algoritmo com base no que os usuários assistem, prova que sim.

Como coletar dados comportamentais?

O ideal é investir em uma ferramenta de CRM, ou Costumer Relationship Management. Esse tipo de banco de dados armazena as informações que você achar pertinentes para conhecer e impactar o seu público. Informações socioeconômicas, como emprego, idade, interesses pessoais e dados demográficos são alguns dos dados valiosos para se coletar. Assim como atividades de compra, como o que foi adquirido, quando e o quanto foi gasto.

Lembra da boa e velha pesquisa? Ela também é útil e pode ser uma forma de se aproximar de seus clientes principalmente para melhorar a experiência que você oferece e conhecer quem é um apoiador e, principalmente, um detrator do seu produto ou serviço com base nas respostas fornecidas. Um recurso para se utilizar para esse fim é o Net Promotion Score, ou NPS.

O que você não pode, em hipótese alguma, é deixar de informar seu público que você está utilizando seus dados e para qual finalidade. Além de lhe conferir a opção de não os compartilhar. Caso contrário, você pode ter problemas judiciais com a LGPD, a Lei Geral de Proteção de Dados, que entrou em vigor no Brasil recentemente.  

Como interpretar dados comportamentais

Tão essencial quanto coletar dados comportamentais é entender o que eles estão dizendo. Plataformas como o Google Analytics e os relatórios das redes sociais, por exemplo, são importantes e podem conferir insights valiosos para o seu público.

Mas, se você não sabe por onde começar a interpretar esses dados, faça cursos ou contrate profissionais qualificados para sua equipe. São os chamados analistas de Business Intelligence, ou BI.